O ministro também perguntou ao presidente sobre um inquérito aberto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que Bolsonaro utilizava para atacar o sistema eleitoral.
“Na live volta a questão das urnas, acusação ao TSE e a partir disso surge uma questão de um inquérito aberto pela ministra Rosa para apurar fatos no TSE e o senhor sempre repetiu algo que não correspondia ao objeto do inquérito como se ele estivesse escondido porque mostraria fraude nas urnas, então se o senhor quiser esclarecer esse ponto”, afirmou Moraes.
Em resposta, Bolsonaro afirmou que o inquérito segue aberto até hoje e que, à época da live, Moraes — então presidente do TSE — havia colocado o processo sob sigilo, o que gerou preocupações por parte dele e de seus aliados.
“Não vou sugerir nada a ninguém aqui, mas acredito que, diante das reclamações que surgem nas eleições, para o bem da democracia, seria importante que houvesse algum aperfeiçoamento, para que não haja qualquer dúvida sobre o sistema eleitoral”, declarou Bolsonaro.
Moraes, por sua vez, rebateu a fala e afirmou: “Na verdade, não há nenhuma dúvida sobre o sistema eletrônico. E esse inquérito não tem nada a ver com as urnas eletrônicas. Sua defesa terá a oportunidade de esclarecer isso adequadamente.”
Após ser interrogado pelo ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, será a vez do procurador geral da república, Paulo Gonet, questionar Bolsonaro.
Ao fim da sessão, as defesas de demais réus podem fazer perguntas ao ex-presidente
Nesta manhã, foram colhidos os depoimentos dos réus: Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI.