Fontes do governo afirmam que, no telefonema, o presidente buscou pacificar a relação com a Câmara e entender o nível de insatisfação com as medidas alternativas.
Mesmo diante da entrada em cena do petista, Motta resolveu pautar a votação da urgência do projeto de decreto legislativo (PDL) que susta os efeitos da alta do IOF.
Auxiliares afirmam que o presidente vê influência do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do senador Ciro Nogueira (PP-PI) na postura de oposição da Câmara ao pacote.
Nesta quarta, PP e do União Brasil, partidos que estão na base do governo, criticaram abertamente as medidas alternativas propostas pelo governo.
As siglas rejeitaram as medidas sugeridas que envolvem o aumento de tributos e vão se reunir para fechar questão contra o texto do Executivo.
Após reunião de cinco horas entre Haddad, a cúpula do Legislativo e líderes partidários, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que não havia compromisso em votar o pacote do governo.
Ao alertar que as propostas terão uma “reação muito ruim” no Congresso, Hugo disse, nesta quarta (11), que sua função não é atender a projetos políticos.
No Planalto, articulação política busca evitar uma derrota do governo em votação. A ministra Gleisi Hoffmann tem dito a interlocutores que compreende a reação de Hugo tratada como uma resposta à política e ao setor privado, que reagiu negativamente às propostas.
Planalto acredita que a liberação de emendas impositivas, de pagamento obrigatório, pode desanuviar a tensão sobre a votação da MP. Hugo reclamou a Gleisi sobre a demora na liberação dos recursos destinados aos parlamentares. A ministra prometeu que o pagamento será liberado até o fim de semana.