"A Carla Zambelli levou o hacker. Eu não confiei nele", disse Bolsonaro durante depoimento sobre a ação que apura um plano de golpe de Estado em 2022.

A informação também foi confirmada pelo réu Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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Na última segunda-feira (9), durante seu depoimento, Cid declarou que o ex-presidente pediu ao então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, que recebesse Delgatti e Zambelli para discutir fraudes no sistema eletrônico de votação.

O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada, segundo Mauro Cid, que afirmou ainda que o ex-presidente queria ter conhecimento sobre quais as possibilidades de as urnas serem fraudadas e como descobrir possíveis fraudes.

Bolsonaro acusado é pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de ser o líder de uma organização criminosa para mantê-lo no poder após as eleições de 2022. De acordo com a PGR, ele teria formulado e editado minuta que previa estado de exceção no país, além de ter ciência do plano "Punhal Verde e Amarelo".

Carla Zambelli

O Ministério da Justiça aguarda a chegada da documentação que pede a extradição de Zambelli, para dar seguimento à ordem do STF que determinou sua prisão. Ela está na Itália desde a semana ada.

A deputada foi condenada em maio a dez anos de prisão, perda de mandato na Câmara dos Deputados e o pagamento de indenização de R$ 2 milhões por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A parlamentar apresentou recurso, mas foi derrotada por unanimidade em julgamento concluído sexta-feira (8) na Primeira Turma do STF.

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