O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) denunciou Antônio Lício Morais da Costa, de 20 anos, pelo assassinato da influencer Beatriz dos Anjos Miranda, de 24 anos. O crime ocorreu na madrugada do dia 29 de março, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A denúncia, apresentada pela 8ª Promotoria de Justiça de Maracanaú, aponta o crime de feminicídio com qualificadoras, entre elas o fato de a vítima ser mãe de duas crianças e a morte ter ocorrido por asfixia. Beatriz foi encontrada enforcada com o cinto de segurança dentro de um veículo.
Além do feminicídio, o MP também denunciou Antônio Lício por incêndio, já que ele tentou atear fogo no carro onde estava o corpo da vítima.
O Ministério Público requer que o réu seja levado a julgamento pelo Tribunal do Júri e que pague indenização à família de Beatriz pelos danos causados.
Horas antes do crime, vídeos divulgados nas redes sociais mostraram Beatriz discutindo com Antônio. O casal costumava expor discussões e até troca de agressões físicas na internet. Em uma das imagens, ela aparece agredindo-o com um objeto semelhante a uma faca. A briga teria sido motivada por uma suposta traição.
Depois, enquanto estavam dentro de um carro, o homem teria usado o cinto de segurança para estrangulá-la. Em seguida, o suspeito abandonou o automóvel em uma região de mata e colocou fogo no veículo com o corpo de Beatriz dentro. Antônio foi preso em flagrante pela Polícia Militar ainda na madrugada e confessou o crime.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), o inquérito foi conduzido pela Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú e já foi remetido ao Poder Judiciário.
O suspeito, que possui antecedentes por desacato, resistência e crimes contra a istração pública, segue preso e à disposição da Justiça.
Beatriz, que acumulava mais de um milhão de seguidores e vídeos com mais de 38 milhões de curtidas, era conhecida por produzir conteúdos de humor e compartilhar sua rotina nas redes sociais.
A CNN tenta localizar a defesa de Antônio Lício Morais da Costa e o espaço segue aberto para manifestação.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo