O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) foi ouvido no âmbito da investigação que mira o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que teria atuado para obter a expedição de um aporte português para Cid.

Como a CNN mostrou, à PF, o militar negou que tenha pedido ajuda para obter um aporte português com a intenção de fugir do Brasil.

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Cid foi preso na manhã desta sexta-feira pela PF. Logo depois, a prisão foi revogada. Procurado pela CNN, o STF não detalhou os motivos que teriam levado o minitro Alexandre de Moraes a revogar a decisão.

Mais cedo, policiais federais prenderam Gilson Machado em Recife (PE).

Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra Machado por obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal.

O requerimento tem como base informações da PF de que Machado teria atuado, no dia 12 de maio, para obter a expedição de um aporte português - junto ao consulado de Portugal no Recife (PE) - em favor do tenente-coronel Mauro Cid "para viabilizar sua saída do território nacional".

Além disso, Machado teria promovido, por meio de seu perfil no Instagram, uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro que seriam destinadas a Bolsonaro, o que também chamou a atenção dos investigadores.

No pedido da PGR ao Supremo, Gonet diz que Machado não obteve êxito na emissão do documento para Cid, mas que a PF ainda considera possível que ele "busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados" para essa finalidade.

Para Gonet, essas informações levantam suspeita de que Machado esteja atuando para obstruir a ação penal sobre a tentativa de golpe. A PGR pediu que o ministro Alexandre de Moraes autorize não só a abertura de um inquérito, mas também permita a adoção de medidas de busca e apreensão.

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